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Vespa Velutina Nigritorax

Prestamos serviços diversificados além da destruição do ninho.

Ao conhecermos o ciclo anual de vida deste insecto, agimos de acordo com a fase de desenvolvimento do mesmo e da colónia.

 

A destruição de um ninho de vespa velutina não significa que se trava o seu avanço ou que não se irá disseminar!

Operações pouco eficientes podem levar à criação de novos ninhos, colocar em risco os operadores e população em geral.

 

- Colaboração com entidades Veterinárias e de Protecção Civil - Eliminação de ninhos - Rastreio em zonas afectadas -

- Produção e Colocação de Armadilhas Selectivas - Educação Ambiental -

 

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A origem

 

A Vespa velutina nigrithorax - subespécie conhecida geralmente por vespa asiática, vespa velutina ou vespa das patas amarelas - pertencente à ordem Hymenoptera, famíli-a Vespidae e género Vespa, foi já identificada e catalogada na sua origem por Lepeletier em 1836.

 

Existem várias subespécies desta vespa distribuídas pela Ásia, no entanto aquela que chegou ao nosso continente- velutina nigrithorax - é nativa das zonas montanhosas da Índia, Nepal e Butão, assim como toda a região sul da China e norte do Vietnam.

 

Estas zonas possuem um clima semelhante ao da Europa, tendo por vezes amplitudes térmicas mais elevadas, o que explica a sua grande capacidade de adaptação e disseminação.

 

Imagem: Plos One: Geographic Variation of Melanisation Patterns in a Hornet Species: Genetic Differences, Climatic Pressures or Aposematic Constraints? - PERRARD,Adrien e outros autores.

A entrada na Europa

 

A Vespa velutina foi observada pela primeira vez em França em 2004 na zona de Bordéus. A sua introdução acidental deu-se por via marítima, supondo-se ter sido transportada num contentor de cerâmica ou hortícolas vindo da China.

 

Esta é considerada a primeira vespa invasiva que foi introduzida acidentalmente na Europa que, encontrando condições favoráveis ao seu desenvolvimento, rapidamente se distribuiu por toda a zona sudoeste de França.

 

Nos anos seguintes, apesar da tentativa de controlo localizada, a sua dispersão inevitável deu-se por quase todo o território francês, País Basco, Galiza, norte de Itália e norte de Portugal. De momento a expanção nacional chega à zona centro do país.

 

A dispersão em Portugal

 

A entrada da Vespa velutina nigrithorax,  no continente nacional, foi confirmada em 2011 na região do Minho. Desde então, a sua dispersão tem ocorrido um pouco por toda a orla litoral e a uma média de 60 a 70 km para o interior.

Existem já ocorrências na zona cento sul do país e alguns avistamentos na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Desde 2013 que estamos atentos à dispersão desta espécie invasora e compreendemos o ecossistema mais favorável para o seu desenvolvimento. Denotamos a existência de melhores condições ambientais e de alimento nos distritos costeiros pois são aqueles que oferecem as melhores condições para a sua sobrevivência, embora existam ocorrências no interior do país.

Estamos conscientes que do decorrer do ano de 2016 / 2017, a região centro do país será o novo foco de atenções. A principal razão prende-se com a grande disponibilidade de zonas verdes, alimento insetívoro e frutícola, assim como cursos de água, sejam eles de bacias hidrográficas ou de canais de rega. 

Imagem: SOS Vespa

O ciclo de vida

 

Embora o ciclo de vida desta espécie já seja conhecido, a sua readaptação ao meio (nomeadamente no nosso território e clima) tem colocado em causa alguns períodos do ciclo biológico anual.

Durante o inverno, as vespas fundadoras (rainhas) hibernam isoladamente em locais que promovam a sua segurança; normalmente cascas de árvores, telhados, beirais, solo e rochas.

No inicio de tempo mais ameno, próximo da primavera (entre fevereiro e março), as fundadoras, que resistiram ao inverno, abandonam o local de hibernação, dando inicio à construção da sua colónia no ninho que se dá por nome de "ninho primário". Iniciam, então a postura de obreiras.

Com o aumento da colónia, e consequente aumento do alimento, estas transferem-se para aquele que se chama de "ninho secundário" e onde se dá o grande aumento do  número de indivíduos e volume do ninho. Esta colónia é normalmente construída em locais de grande altitude. Com a necessidade de grandes quantidades de alimento, estas vespas iniciam a predação em massa de diferentes invertebrados (vespas comuns, moscas, mosquitos, aranhas, entre outros) com especial destaque para abelhas, assim como frutos maduros. A principal razão da grande predação de abelhas explica-se pela razão de que, de todos os invertebrados descritos, a abelha (com especial destaque para a Apis mellifera) é aquele que se agrupa em grandes colónias,  sendo então extramente fácil a sua captura após a localização da colmeia/ninho.

Finalmente, no período do outono e inverno, após a fecundação, as futuras rainhas abandonam a colónia (deduzindo-se cerca de 100 a 150 exemplares) iniciando a sua hibernação. Nesta fase dá-se o desaparecimento da colónia com a morte das obreiras e macho.

Sendo este o normal ciclo de vida da Vespa velutina, temos observado uma alteração do modus vivendi desta espécie. Possivelmente uma adaptação ao clima pois conseguimos identificar vespas ativas nos meses de dezembro e janeiro.

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